Ensaio: A Vida Não Tem Preço! Aborto Induzido Apenas Como Último Recurso!

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim! Prontos para muitas reflexões sobre este tema tão polêmico como é o Aborto Induzido? Sem mais delongas, vamos ao ensaio!

Como vocês sabem, eu sou tão somente um Designer Industrial que além de ter tido muitos projetos usurpados e vilipendiados por montadoras globais que jamais conseguiram alcançar o núcleo das inovações radicais que a minha pesquisa propõe, sofri algumas injustiças na minha vida profissional em paralelo ao design, tudo isso fruto do aparelhamento de instituições por oligarquias políticas e econômicas que não suportam se sentirem ameaçadas por inovações que além de evidenciar a sua incompetência em alguns casos, obsolescência em outros, falta de visão do futuro igualmente ameaçam os seus rendimentos vultuosos.

E no processo para digerir todos esses aparentes reveses milionários, eu descobri que o mesmo processo que gera um projeto de carro esportivo cinquenta anos mais avançado do que qualquer outro mesmo em projeto, também pode projetar como será a nossa sociedade algumas décadas no futuro. Nos outros ensaios que publiquei sobre o futuro e nos posts sobre a minha pesquisa em design automotivo, você pode ter mais detalhes.

O que realmente interessa é que esse futuro maravilhoso chegará de uma forma ou de outra, mais rapidamente com harmonia e cooperação ou lentamente através de muitas crises, dores, guerras e sofrimentos. E um dos aspectos deste futuro que se descortinará em breve eu espero, vai ser a abolição do Aborto Induzido salvo quando a vida materna correr risco eminente de morte.

Nas mal traçadas linhas que se seguem, eu me comprometo a trazer conceitos científicos simples: até porque além de eu estar longe de ser um pesquisador renomado, quem fala através de conceitos muito rebuscados e eruditos não raras vezes se perde na forma e ‘esquece’ o conteúdo; sempre traçando paralelos com outras situações e leis aplicadas em situações semelhantes com o aborto induzido que apesar de proibido de forma geral, é permitido algumas exceções na lei brasileira.

As primeiras e mais importantes questões a se elucidar para se pacificar o entendimento das pessoas sobre esse tema, são: quando a vida começa a existir e se o acaso existe.

Sem se estabelecer pelo menos um ponto pacificado inicial nestas questões, todas as demais ficam sem o necessário embasamento, é como construir palácios sobre palafitas precárias: mais cedo ou mais tarde tudo desmorona por mais grandioso que seja o ‘empreendimento’: como podemos perceber nas notícias em todos os noticiários diariamente.

Vamos começar pela segunda questão? Então, lembra-se quando a previsão do tempo começou a ser veiculada nos principais meios de comunicação? Volta e meia falhava fragorosamente! Não raras vezes era motivo de chacota. Conforme o entendimento científico assim como os meios computacionais evoluíram, a precisão das previsões aumentou bastante, não é mesmo?

Vamos voltar alguns milhares de anos para depois retomar o raciocínio? O Homem de Neandertal entenderia os delicados e complexos processos físico-químicos que acontecem na atmosfera, a gigantesca quantidade de dados coletados em milhares de pontos ao redor do mundo e por diversos satélites processados em milissegundos que nos proporcionam previsões precisas com muitos dias de antecedência? Provavelmente não, não é mesmo?

Só na nossa Galáxia, entre duzentas e quatrocentos bilhões de estrelas giram sincronicamente ao redor do centro galáctico, ignorando solenemente as três leis fundamentais da mecânica celeste descobertas por Johannes Kepler que nos permite prever com grande precisão o movimento dos planetas no nosso Sistema Solar: por acaso?

Saltando do macro para o micro, as mesmas dúvidas atualmente insolúveis acontecem na escala quântica! Átomos quanticamente pareados reagem instantaneamente a mudanças em um dos integrantes do par mesmo que estejam separados por centenas de milhares de anos-luz de distância nos extremos opostos da nossa galáxia.

Da mesma forma que o homem de neandertal não fazia a menor ideia de porque chovia, nevava ou porque qualquer outro fenômeno atmosférico acontecia ao seu derredor, nós temos muitos ‘mistérios’ para desvendar.

Então, mesmo eu não sabendo se você concorda comigo, as chances de qualquer coisa acontecer ao acaso são tão pequenas que nem merecem a nossa consideração: sendo muito mais provável que a nossa ignorância a respeito dos processos naturais envolvidos nos fenômenos que nos escapam ao entendimento induza a muitas pessoas a acreditar ao contrário e serem manobradas por outras tantas independente da qualidade das expectativas e intenções envolvidas.

E isso se confirma na questão da concepção humana: nem todos os óvulos fertilizados evoluem para formar um embrião: alguns se tornam uma massa de células disforme que não sobrevive muito tempo, nem todos os embriões evoluem para se tornarem fetos e assim por diante; e o mais importante: nenhum especialista em medicina ou cientista atualmente pode dizer com 100% de certeza o que acontecerá com esse ou aquele óvulo fertilizado, esse ou aquele embrião, etc.

Então, quando há um embrião se desenvolvendo no útero materno, nada disso aconteceu por acaso ou por obra pura e simples do destino como as pessoas orgulhosas que independente das motivações, mesmo tendo acumulado grandes conhecimentos científicos, não admitem que ignoram muitas coisas! Ainda temos muito o que aprender e evoluir em todas as áreas do conhecimento humano, incluindo a medicina.

Quer outro exemplo completamente diferente? Simplificando da forma mais materialista que está ao meu alcance, o corpo humano é uma máquina biológica incrível, não é mesmo? Agora pense comigo: algum utensílio, máquina ou edificação feita pelo homem, muito mais simples e menos sofisticada que o corpo humano é construída antes que um projeto detalhado tenha sido minuciosamente desenvolvido? Antes que a primeira chapa tome forma, antes que o primeiro parafuso seja apertado ou antes que a primeira fundação seja construída?

Faz sentido então especular que antes mesmo da concepção, já existia um ‘projeto’ perfeitamente desenvolvido para cada um de nós? Para mim faz porque eu não acredito em ‘mágicas’ e muito menos no acaso mesmo que muita coisa fuja do meu entendimento, e para você?

Ao mesmo tempo que pacificamos a segunda questão determinando mesmo que hipoteticamente que nada é por acaso; podemos utilizar este mesmo raciocínio para voltar para a primeira questão: quando começa a vida? Se seguirmos o raciocínio acima, é muito mais provável que a vida comece muito antes da fase de ‘projeto’ já mencionada do que depois dela, simplesmente porque não se faz um projeto sem objetivos, restrições, lista de recursos técnicos, humanos, materiais, etc.

Vamos passar a próxima questão? Algumas ‘feministas’ afirmam que a mulher deveria ter liberdade de escolha absoluta sobre o seu corpo e tal: incluindo embriões e fetos se desenvolvendo no seu útero; portanto podem a qualquer tempo decidir retirar o embrião ou o feto em desenvolvimento no seu ventre sem dar satisfação a ninguém.

Antes de continuar eu gostaria de declarar que sempre que uma pessoa individualmente ou em grupo se declara desta ou daquela ‘tribo’, deste ou daquele partido político, desta ou daquela orientação filosófica ou mesmo religiosa como se estivesse em um patamar evolutivo, ético ou moral superior aos demais: na verdade está em um patamar inferior: como nos contam diversos exemplos históricos trágicos: do nazi-fascismo ao comunismo, do racismo a xenofobia para ficar em poucos exemplos. Note que tudo isso independe das motivações ou intenções que podem ser as melhores possíveis dentro do próprio entendimento e conjunto de valores dessas pessoas, grupos, sociedades, países, etc.

Na minha opinião, a mulher que pensa conforme descrito nos dois parágrafos acima, comete o mesmo erro dos machões que se acham donos e senhores absolutos de tudo nos seus ‘territórios’. Sem contar que quem acha que tem o direito de fazer o que bem entender independente da questão, cedo ou tarde transpassa a linha que delimita o direito alheio: deixando a civilização e rumando para a barbárie. 

Voltando ao argumento que algumas mulheres utilizam que o seu lhe pertence e portanto pode fazer o que bem entender, para desacreditá-lo de vez, temos primeiro que pacificar o que é o corpo da mulher e o que é da mulher.

Vamos entrar de ‘sola’ nestas importantes questões depois de uma breve introdução?

A minha avó nasceu nos anos vinte e embora fosse inteligentíssima era semi-analfabeta, corajosamente enfrentou o machismo da época que além de não permitir que trabalhasse fora embora excelentes ofertas não lhe faltassem, também ameaçou o seu sonho de ver todas as três filhas com o estudo que não teve a oportunidade de cursar. Não se deu por vencida: trabalhou por conta própria anos a fio lavando roupa para fora manualmente para que as três filhas estudassem e tivessem uma profissão e deu certo! Portanto eu entendo alguma coisa de feminismo ‘raiz’, não é mesmo?

Lembram-se da entrada de ‘sola’? Aqui vamos nós! Tanto a minha avó quanto a minha mãe já faleceram faz alguns anos, deixando os corpos que lhe serviram por várias décadas no cemitério. Então eu lhe pergunto, os corpos da minha avó e da minha mãe eram delas?

Peguei pesado? Espero que não porque todos nós vamos morrer, esse assunto não deveria assustar a mais ninguém e eu estou seguindo a mesma linha de raciocínio do exemplo do ‘projeto’, porém invertendo os extremos: da mesma forma que não faz sentido a vida comece ‘apenas’ na concepção ou depois dela, igualmente não faz sentido que a mesma se extinga com o último suspiro do corpo a ser sepultado. A gente podia ficar aqui muitos parágrafos falando de experiências de quase morte, casos comprovados de reencarnação quando uma pessoa jovem revela conhecimento sobre fatos passados a muito tempo em lugares onde nunca esteve antes naquela existência e que portanto não teria nenhuma condição de saber e por aí vai. Então eu espero que vocês tenham entendido a linha de pensamento. Vamos tentar novamente?

O meu corpo é meu? O seu corpo é seu? Eu ‘desconfio’ que não, e você?

Mesmo depois desse trabalho todo, vamos supor que os nossos corpos sejam nossos para pensar no cenário mais desfavorável e materialista possível? O que define o que é ‘nosso’ ou não? Vamos supor que seja o DNA presente nas nossas células que distinga o que é o nosso corpo ou não? É justo? Espero que sim porque vamos em frente!

Voltando para as aulas de biologia do ensino médio, na concepção, cada gameta: óvulo e espermatozoide contribuem cada com 50% do código genético, certo? Então, desde este momento da concepção, já não seria a pequena célula iniciando as divisões celulares muito antes de se tornar um embrião um ser único, com DNA igualmente único? As minhas aulas de biologia no ensino técnico que tive me dizem que sim e as suas?

Sim, a pequena célula em desenvolvimento a caminho de se tornar um embrião precisa da mãe para ter uma chance de se desenvolver já que nada na Natureza dá ‘saltos’ em sua evolução ou ciclos de vida. Precisamos lembrar que um óvulo fertilizado pode ser ‘implantado’ no útero de outra mulher, e em alguns casos bebês nascidos prematuros meses antes do normal sobrevivem, então não dependem totalmente do ventre da mãe biológica. Então isso tudo me diz que este ser em formação está longe de ser parte do corpo materno ou mesmo uma propriedade única e absoluta da mãe biológica, você concorda?

Espero que sim porque vamos passar ao próximo item da nossa lista onde temos o aborto induzido ‘justificado’ por má formação fetal.

Lembra-se que anteriormente já pacificamos que nada é por acaso mesmo que não entendamos todos os processos e as variáveis envolvidas? Também podemos pacificar que a medicina apesar de muito avançada ainda tem muitos limites técnicos e científicos?

Sabendo-se então que estamos longe de entendermos todos os processos e variáveis envolvidos no desenvolvimento de um embrião ou feto humano faz sentido terminar prematuramente uma vida, mesmo com deficiências orgânicas, lembrando que não há possibilidade de se reverter este ato?

Sim, o processo gestacional de um embrião ou feto com deficiências físicas envolve extremo sofrimento para todos nós, os orgulhosos que achamos que tudo o que fazemos ou nos envolvemos é maravilhoso, tão próximo da perfeição quanto as nossas expectativas que é desnecessário comentar que estão muito longe da realidade.

Quando nos conscientizamos que podemos nos envolver emocionalmente de forma positiva, sem apego, sem expectativas pessoais ou o desejo de agradar aos outros nas redes sociais e fora dela, tudo e todos que passam pelas nossas vidas: deixamos para trás a maior parte do sofrimento e passamos a aprender e evoluir de forma harmoniosa com tudo o que nos cerca.

Eu e a minha esposa passamos por um aborto espontâneo na sétima ou oitava semana da nossa primeira gravidez! Inicialmente foi um grande sofrimento, muito triste, mas depois que nós dois passamos a nos sentir gratos pelas semanas de imensa alegria que tivemos a oportunidade de ter, conseguimos nos recompor, nos unir ainda mais com o objetivo de aumentar a família, conseguimos orientação médica já que pelo lado orgânico muito provavelmente o aborto aconteceu devido a insuficiência do hormônio que mantém a gravidez a partir do terceiro mês, e, um ano depois mais ou menos, a nossa linda filha nasceu super saudável e já está com quatro anos recém completados!

Se ainda restar alguma dúvida, é só conversar com pais de pessoas com algum tipo de deficiência e pergunte se eles abriram mão deste filho por um ano, um mês, um dia, uma hora que fosse! Infelizmente alguns por falta de entendimento diriam que sim, mas eu lhe asseguro que a esmagadora maioria jamais abriria mão do filho e lhe assegurará que se tornaram seres humanos muito melhores com todas essas experiências.

Não sabemos porque aquele embrião ou feto teve esta ou aquela má-formação; da mesma forma que o homem de Neandertal ignorava a meteorologia, não sabemos porque nascem neste ou naquele país, etc.; o que poucos sequer consideram é que aqueles meses, semanas, dias ou mesmo horas que o embrião ou feto com má formação passa no ventre materno, podem ter uma importância cósmica indescritível muito além da compreensão das pessoas que defendem este tipo de prática e dos legisladores que as colocaram no nosso sistema legal.

Fazendo um paralelo com outras leis, existe previsão para a eutanásia no nosso País? Não existe!

Pessoas nascidas com certidão de nascimento e CPF que sofrem de enfermidades graves, incuráveis, mesmo que passem por muitas dores e sofrimentos anos a fio não podem ter as suas vidas abreviadas pelos médicos que as assistem ou qualquer outra pessoa, mesmo que o solicite voluntariamente segundo as nossas leis; mas, um embrião ou feto pode ter o seu desenvolvimento interrompido em caso de malformação orgânica? Faz sentido? Qual a diferença? Um tem Certidão de Nascimento e o outro não?

Voltando para a lei, eu preciso mencionar que é absolutamente despropositado se colocar um limite de tempo fixo para que um feto com má formação tenha o seu desenvolvimento, a sua vida terminada definitivamente ou não. O que diferencia o feto com dois meses e vinte e nove dias de outro com três meses e um dia? Praticamente nada em termos evolutivos, então porque em um momento o feto está exposto ao perigo de ter a sua vida interrompida legalmente utilizando-se a infraestrutura que deveria existir para assistir a saúde das pessoas e no dia seguinte está protegido pelo mesmo aparelho estatal?

Este é mais um dos comprometimentos presentes no nosso sistema legal que estão longe de fazer sentido, especialmente quando se coloca a vida dos mais frágeis em primeiro lugar.

Você está percebendo como os argumentos e linhas de pensamento se confirmam? Pensando da forma que eu descrevo acima, as contradições desaparecem e as dúvidas se dissipam, e tudo passa a fazer sentido. Ou não?

Eu espero que tenhamos feito muitos progressos, porém, ainda temos alguns pontos para pacificar. Vamos lá?

Trataremos agora do aborto induzido em caso de estupro. Tema que além de complicado, toca profundamente os corações de todas as famílias.

Não há como justificar este tipo de violência lamentável majoritariamente contra as mulheres, já que estatisticamente este tipo de violência sexual contra homens é desprezível.

Lembrando que este tipo de crime hediondo acontece sempre com a utilização de ameaças com armas e/ou aplicação de força física superior. O que torna este tipo de ato covarde ainda mais detestável, não é verdade?

Eu como marido e pai de uma linda menina, faço o meu melhor para resguardá-las de qualquer perigo e desta forma me solidarizo com todas as pessoas que passaram por essa violência ou qualquer outro tipo de agressão e suas consequências.

Dito tudo isso para evitar qualquer tipo de mal entendido, se realmente quisermos defender os mais indefesos, precisamos nos lembrar do que já pacificamos anteriormente! Nada é por acaso, a vida tem maior chance de ter começado antes da concepção do que após a mesma, a vida independente de quanto dure ou em que condições aconteça tem um valor inimaginável para qualquer um de nós.

Depois de tudo o que já discutimos, ainda faz sentido executar-se o aborto induzido no feto que mesmo tendo sido concebido em um estupro hediondo, encerra a vida de um ser humano individual com metade do DNA de cada genitor em formação?

Se você respondeu sim, esta resposta se deu muito provavelmente porque este tipo de crime pode despertar que o que nós temos de pior nos nossos íntimos, muita revolta e sentimentos negativos como o desejo de vingança que infelizmente podem resultar em outros atos tão o mais covardes que o estupro em si como o extermínio de uma vida inocente em desenvolvimento intrauterino.

De qualquer forma, eu vou lançar novos argumentos! Existe pena de morte no Brasil? Se o próprio estuprador não pode receber essa pena capital e incivilizada na minha opinião, que não é prevista em lei por aqui porque entre outros motivos, uma vez que se execute a sentença em uma pessoa condenada injustamente a tal pena, não é possível reparar o erro legal; então é justo que o feto pode sofra essa pena capital sem ter feito literalmente nada? 

Como já foi citado, também neste caso não faz sentido o limite de três meses para se executar o aborto induzido!

Lembrando que no Brasil nenhuma mulher ou família é obrigada a criar os filhos biológicos e a qualquer momento pode recorrer ao sistema de assistência social. Sim, sabemos que estes mecanismos de proteção social, assim como diversos organismos e aparelhos estatais que deveriam proteger, cuidar da saúde e educar as crianças do País estão muito longe de oferecer bons serviços: mas isso é justificativa para exterminar uma vida humana em desenvolvimento mesmo que seja fruto de um estupro?

Também é interessante mencionar que não existem soluções rápidas e práticas para situações complexas como a maioria das pessoas ou empresas que norteiam as suas ações no materialismo / imediatismo fazem, o que sempre piora ainda mais uma situação difícil e nos leva a reduzir ainda mais a nossa qualidade de vida; mesmo que muitos não percebam desta forma por igualmente focar apenas no materialismo / imediatismo. De qualquer forma, a médio e longo prazo a dor e o sofrimento íntimo para os que escolhem este tipo de procedimento se revelam.

Como ninguém é obrigado a entender ou concordar com o que eu escrevo, eu vou me esforçar para clarificar a situação utilizando o que já discutimos anteriormente: se nada é por acaso e muito provavelmente há um projeto que nos antecede, é porque existem objetivos e requisitos a serem cumpridos não é mesmo? Seguindo esta linha de raciocínio, se a vida de qualquer um de nós é abreviada artificialmente, como fica o que foi programado anteriormente? Fica por fazer não é mesmo? E quanto vai ‘custar’ refazer o que ficou por fazer? Quem paga essa conta? É sempre muito mais caro, demorado e sofrido terminar o que ficou inacabado do que fazer de uma vez, não é mesmo? Eu não quero pagar essa conta com todos os danos morais, materiais, juros e correções monetárias e você? Quer?

Encerrando os casos particulares previstos na lei brasileira, temos os casos onde a vida da gestante corre perigo iminente e a equipe médica em conjunto ou não com a família tem a difícil decisão de julgar necessária a retirada do embrião ou do feto para preservar a vida materna. Precisamos levar em conta que a mãe é um organismo muito mais desenvolvido e de forma geral capaz de desenvolver outra gravidez no futuro e que pode ter outros dependentes anteriores a esta gestação sem contar os ascendentes; portanto, não faz sentido arriscar a sua vida por um ser em estágio evolutivo ainda inicial; mas isso não deve ser licença para ações baseadas em estatísticas gerais.

É público e notório que temos muitas gravidezes de risco aqui no Brasil e em todo o mundo, especialmente nos dois extremos da idade reprodutiva da mulher. Mas nada disso deve servir de justificativa para abortos induzidos sem os devidos diagnósticos que justifiquem essa medida extrema a ser tomada apenas caso não exista outra alternativa.

Nos encaminhando para as conclusões finais, quando as pessoas ficam sem argumentos ‘técnicos’, recorrem a outros empíricos como fez uma famosa jornalista de um importante canal de notícias na tv a cabo, que no seu perfil particular no Twitter citou pesquisas de opinião que afirmam que o público é amplamente favorável a dar para a mãe o poder de vida ou morte sobre o embrião ou o feto que eventualmente esteja se desenvolvendo no seu ventre. Vamos ignorar por um momento todos os argumentos acima, vamos fingir que os desconhecemos por um momento, certo? Qual seria o resultado desta mesma pesquisa caso os embriões e fetos fossem consultados?

Difícil saber? Na minha opinião pessoal, especialmente para a minha pessoa que já viu o chocante vídeo de um feto lutando pela vida durante uma curetagem gravado através de um aparelho de ultrassom, é evidente que o resultado seria o oposto das pesquisas citadas pela famosa jornalista.

Lançando mão de outro exemplo, essas pesquisas me fazem lembrar do sombrio período histórico onde o Brasil se aproveitou do comércio e do serviço da mão-de-obra de seres humanos escravizados! Lembrando que de forma velada, uma grande parcela da população brasileira e em muitas partes do mundo atualmente ainda são escravas já que com salários médios tão baixos, paga para trabalhar e sobrevive com alimentação, condições de moradia, educação, saúde e segurança abaixo da crítica: mas isso é assunto para outro ensaio. 

Retornando ao período histórico citado, esta prática era defendida pela maioria esmagadora da elite dirigente, dos principais fazendeiros e empresários neste período, tudo chancelado pelo poder religioso oficial e tido como essencial para o bem estar econômico do Brasil. Mesmo que hoje em dia tenhamos certeza ser uma prática completamente errada; qual seria o resultado de uma pesquisa sobre o escravagismo entre os escravizados naquela época? Não precisa ser um grande estudioso de humanidades para imaginar o que aconteceria, não é mesmo?

Pois bem, quando finalmente a Abolição da Escravatura chegou ao nosso País que foi uma das últimas nações a fazê-lo depois de muita pressão internacional, apesar do Império ter igualmente caído, veio a República e com ela a emigração foi ainda mais incentivada: em pouco tempo a produção agrícola brasileira deu um salto em quantidade e qualidade; enterrando de vez o argumento de que a escravidão era importante para a economia do nosso país.

A tendência é o mesmo acontecer quando o aborto induzido se tornar única e tão somente o último recurso para preservar a vida materna em casos de complicações na sua saúde: pacificará e tonará inertes poderosos interesses que ao invés de contribuir para um mundo cada vez mais próspero; fazem de tudo para obterem a maior parcela de poder temporal e os maiores lucros sem se importarem realmente com o bem estar e a qualidade de vida das pessoas, e aposentará diversos políticos que tanto sendo a favor ou contra o aborto, na verdade estão a serviço dessas forças materialistas / imediatistas e portanto fazem uso demagógico desta questão para iludir, dividir e se aproveitarem ainda mais das pessoas vilmente manipuladas.

Outro argumento empírico muito utilizado é que os Países ditos ‘civilizados’ permitem a prática do aborto induzido legalmente, e portanto devem servir de modelo para o Brasil.

Eu lhe pergunto: são aqueles mesmos países civilizados que detém e/ou se utilizam de paraísos fiscais que movimentam quantidades de recursos sombrios inacreditáveis que potencializam empreendimentos criminosos em todo o mundo? Aceitam depósitos e investimentos oriundos de operações financeiras criminosas de dirigentes de países em desenvolvimento ou de ditadores sanguinários? Aqueles mesmos países que vendem armas para nações em guerra mas se negam a ajudar aos refugiados destes conflitos? Aqueles mesmos países que condenam o desmatamento no Brasil ao mesmo tempo que se beneficiam financeiramente da devastação que aqui acontece? Aqueles mesmos países que estão se estrangulando socioeconomicamente em uma sangrenta guerra por procuração utilizando-se de aparelhos de morte cada vez mais sofisticados e potentes, beirando um conflito nuclear? 

Um detalhe importante: em virtude de permitirem o aborto induzido indiscriminadamente, a taxa de natalidade que já é baixa cai ainda mais! Estão se sabotando e colocando a sua própria existência como países e cultura em risco por falta de crianças e jovens para levar adiante os seus legados para a humanidade.

Existem diversos outros exemplos sombrios envolvendo estes países, mas eu ‘acho’ que já temos dados suficientes para entender que esses países europeus não são uma referência tão positiva assim a ponto de serem ‘seguidos’ cegamente, e você?

Chegando finalmente nas conclusões finais, excetuando os argumento do ‘projeto’ todos os demais nessas mal traçadas linhas que lhe envio já foram utilizados em algumas discussões no twitter com pessoas daqui do Brasil, do exterior e nenhuma delas foi refutada tecnicamente por quem quer que fosse, incluindo a jornalista conhecida nacionalmente já citada e um médico intensivista norte-americano com mais de vinte anos de prática médica.

A maioria dessas pessoas são boas e bem intencionadas, mas não são páreo para uma rede internacional de hábeis demagogos hipócritas utilizando-se de quantias enormes de dinheiro a centenas de anos de contínuo investimento para dividir e dominar grande parte da humanidade direta ou indiretamente. Você deve estar se perguntando, e o que esse ‘maluco’ pensa que é? Ele é páreo?

Provavelmente você acha que não, não é mesmo? Mas pare para pensar um instante! Na hora que não ganha nada diretamente no processo e você pára para pensar em quão pequenos nós somos diante do Universo que na prática é infinito para a nossa parca compreensão, não precisa ir muito ‘longe’ para constatar isso! Lembra-se que existe um escudo magnético da Terra que nos protege da radiação solar que é um mecanismo fantástico que lança mão de quantidades inimagináveis de energia, não é verdade? Então se segure, porque a pouco tempo atrás foi descoberto pelas sondas Voyager 1 e 2 que o Sol também nos protege da radiação inter-estelar com o seu imenso poder magnético, muito maior e mais poderoso que o do nosso planeta!

Assim podemos perceber o quão pequenas e mesquinhas são essas questões que ainda atrasam tanto o nosso desenvolvimento planetário.

Outra pergunta que você pode se fazer: qual o meu interesse neste assunto? Tem algum ‘furo’ nos meus argumentos? Eu ganho alguma coisa? Diretamente a curto prazo eu nada ganho, mas a longo prazo e indiretamente eu ganho um País mais humanizado que quem sabe pode se tornar um ‘farol’ de humildade para um planeta ainda tão bélico: aumentando a proteção dos mais vulneráveis; e quem sabe de todos nós aos nos tornar mais humanos e civilizados.

Longe de exigir mudanças de opinião de quem quer que seja, eu espero ter trazido reflexões úteis a todos a quem este material for disponibilizado por uma razão muito simples: a desvalorização da vida através da banalização do aborto induzido é apenas uma das chagas que assolam a nossa sociedade!

Eu não sei se vocês perceberam, mas nós só temos a banalização da vida representada aqui neste ensaio pelo Aborto Induzido porque as pessoas de forma geral não se conhecem, não se conectam nem consigo mesmas nem com a natureza a sua volta: razão pela qual nós vemos tantas barbaridades neste e em muitos outros assuntos; para quem sabe mais adiante livres dessas mazelas todas, nos conectarmos com o Cosmos a nossa volta.

Ao mesmo tempo que já avançamos muito desde os tempos imemoriais dos sacrifícios humanos, da escravização brutal de populações inteiras, dos duelos, etc.: para avançarmos de forma decisiva rumo a um planeta mais harmonioso e deixar de vez todas essas crises e guerras para trás, precisamos conscientizar as pessoas que todos precisamos nos autoconhecer individual e coletivamente cada vez mais; já que não temos como fugir de nós mesmos utilizando qualquer outra forma que seja!

E muitas destas mazelas só se resolverão combatendo o materialismo que incentiva o consumo das danosas drogas lícitas e ilícitas, os crimes e malfeitorias de toda sorte que não raras vezes são ‘coroados’ pela lavagem de dinheiro que aparentemente melhoram a situação dos que se utilizam destas práticas a curto prazo, mas que só a pioram a médio e longo prazo.

Finalizando o ensaio propriamente dito, se eu tivesse chegado a este planeta no dia de hoje, vendo tantos avanços científicos e tecnológicos; eu jamais imaginaria que seria necessário proteger as crianças em formação no útero materno das próprias mães que deveriam ser as suas mais aplicadas guardiãs com leis; que embora ainda necessitando de muitas melhorias que ocorrerão conforme as sociedades avançarem, são as ferramentas que estão nos ajudando a deixar a barbárie para quem sabe um dia chegarmos na civilização humanizada.

Como último argumento, esqueça, delete, ignore tudo o que discutimos até agora! Recomeçando tudo do zero: todos nós fomos concebidos, evoluímos para embrião, nos tornamos fetos durante a gestação até nascemos; correto? Se você fosse um embrião ou um feto no útero materno, essa fábrica amorosa de seres humanos muito além da compreensão de qualquer um de nós; você seria contra ou a favor de ser exterminado através de um Aborto Induzido? Precisaria de uma justificativa muito importante para ser a favor, como por exemplo a vida da sua mãe em risco não é mesmo?

Enquanto nós não nos comportamos como desejamos que se comportem conosco, o que exige que nos informemos e nos conheçamos cada vez mais profundamente, teremos muitas crises, conflitos e guerras; no assunto que discutimos acima e em todos os demais.

Por enquanto ficamos por aqui! Eu me coloco à disposição para explicar qualquer ponto aqui exposto, dar mais exemplos, debater civilizadamente com quem quer que seja, desde que seja feito com argumentos simples e ao alcance da compreensão da maioria das pessoas.

Curtiram o ensaio? Eu novamente espero que sim e que seja muito útil para todos que têm a mente aberta o suficiente para se permitirem vislumbrarem esta visão de como já podemos melhorar muito a nossa qualidade de vida e de muitas outras sociedades ao redor do mundo.

Quem desejar que este conteúdo chegue a mais pessoas, por favor compartilhe nas suas redes e faça comentários com dúvidas, críticas ou mesmo elogios.

Quem por acaso ficar envergonhado ou tema algum tipo de exposição pública, eu estou a disposição no e-mail que eu disponibilizo mais abaixo.

Para aqueles que além de curtirem o artigo, se identificaram profundamente com o que foi exposto aqui, eu gostaria de compartilhar que este artigo ainda é uma pequena parte de um longo trabalho de conscientização para esses novos tempos que estão alvorecendo e que apesar de ser um bom começo, está longe do ideal tanto na forma quanto na maneira que foi exposta.

Atualmente, qualquer pessoa ou empresa com interesse em propagar as ideias citadas acima é praticamente obrigado a fazer um vídeo com uma produção caprichada, com qualidade técnica que fique no padrão utilizado nas redes sociais mais populares, com uma verba para divulgação proporcional a importância da mensagem: sem isso, dificilmente somos capazes de atingir um público mais amplo.

Eu como Designer Industrial sou plenamente capaz de desenvolver essas peças de divulgação baseadas neste e nos demais artigos que já escrevi, onde eu investi milhares de horas de pesquisa e trabalho por conta própria; entretanto para que este conteúdo chegue a um número maior de pessoas, eu dependo de um investimento financeiro que está além das minhas possibilidades no momento.

Se você curtiu tudo isso e deseja fazer parte deste esforço totalmente independente para acelerar a melhora da nossa qualidade de vida, é só entrar em contato pelo e-mail lawrencejorgers@gmail.com que também é o meu PIX.

Outra possibilidade interessante seria publicar um livro reunindo todos esses artigos correlatos ou gerar uma série documental.

Embora eu continue aberto a colaborações, o que seria ótimo, até agora os veículos de mídia tradicionais, fundações e outras instituições com interesses parecidos aos quais já tentei entrar em contato não se interessaram, então quem vai somar forças?

Eu também estou disponível para palestras, painéis de discussão e qualquer outro evento que ajude grupos, empresas, indústrias, etc., a refletir sobre estas importantes questões.

É isso pessoal! Obrigado pela atenção e pelo carinho de sempre! Curtam, comentem e compartilhem! Me digam o que vocês acharam! Até a próxima interação.

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