IA, a Dislexia e outros distúrbios e deficiências que comprometem o rendimento escolar das crianças e jovens
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Como de costume, novas ferramentas poderosas com grande potencial para transformar as nossas sociedades como a IA, inicialmente são utilizadas de forma tímida e em questões pontuais.
É natural e até positivo que a adoção de novos processos disruptivos aconteça de forma gradual, dando algum tempo para que os atores envolvidos nesses processos se adaptem à nova realidade.
Entretanto, não é por isso que devemos nos furtar a fazer propostas ousadas que impactem positivamente um percentual expressivo da população.
Podemos? Espero que sim: aí vamos nós!
Não é segredo para ninguém que uma parcela significativa das crianças e jovens no sistema de ensino possuem transtornos ou dificuldades de aprendizagem tais como a dislexia.
Vamos utilizá-la como exemplo?
Embora uma busca simples no ‘Google’ aponte que no Brasil temos 4% de disléxicos, ao redor do mundo esse percentual pode chegar a 17%. Se fizermos uma média, temos aproximadamente 10% da população com dificuldade para ler e escrever de acordo com as normas ortográficas vigentes e que necessitam de apoio para entender o que é ensinado e para se fazer entendida, tanto no dia-a-dia quanto nas provas e avaliações. Tanto que no ENEM, os que têm a dislexia diagnosticada contam com auxílio de um profissional competente e mais tempo para completar os exames.
Vale lembrar que dislexia não diagnosticada/tratada pode acarretar sérias consequências para a criança ou jovem em idade escolar e posteriormente por toda a sua vida, tais como: agressividade, isolamento social, evasão escolar entre outras.
Esse transtorno do aprendizado é genético, famílias inteiras podem ser afetadas!
Então, provavelmente, por mais que se faça ou se melhore o sistema de ensino, enquanto o mesmo for baseado em conteúdo escrito como é o nosso sistema atual, teremos sempre um percentual apreciável dos estudantes com baixo rendimento e/ou que desistem e evadem do sistema.
O que fazer? Vamos aguardar e esperar que as diversas esferas governamentais se conscientizem que precisam ‘conhecer’ esses cidadãos e providenciar o tratamento e um sistema de ensino que os inclua; ou vamos fazer algo para dar uma ‘ajudinha’???
Na visão de muitos gestores públicos, provavelmente é inviável financeiramente diagnosticar essa população com dislexia e outros transtornos da aprendizagem, prover um sistema de ensino inclusivo então nem pensar!
Porém eu discordo e trago provocações! Os ‘custos’ de tal linha de ação são muito maiores já que tal forma de gerir o estado acarreta falta de competitividade e produtividade da população reduzindo a arrecadação de impostos, sem contar o estigma social de famílias inteiras rotuladas como ‘burros’ ou desinteressados dos estudos.
Sem outra alternativa os afetados por estes distúrbios são relegados a informalidade econômica na melhor das hipóteses, porque no outro extremo, há os buscaram na contravenção e no crime a realização que não conseguiram na escola e na sociedade formal.
Falei, falei, e tal. Mas como resolver, de verdade?
Enquanto não temos um Estado que coloque a prosperidade sustentável da população como prioridade, precisamos auxiliar no diagnóstico desses distúrbios e muitos outros problemas.
Como fazê-lo?
Podemos utilizar a inteligência artificial para filtrar os dados dos alunos procurando por padrões que assinalem a possibilidade da ocorrência desses distúrbios ou outros problemas como deficiência visual ou auditiva.
Outra possibilidade é reunir profissionais que desenvolvam e apliquem avaliações cujos resultados sejam analisados pela IA, refinando os resultados e assim aumentando a possibilidade de diagnóstico desses distúrbios.
Uma vez que os casos mais graves sejam conhecidos, profissionais competentes podem fazer o diagnóstico formal ou orientar os estudantes que, embora não tenham esses distúrbios citados, podem ter outras questões a serem endereçadas que comprometem o seu rendimento escolar.
Sim, essas ações são necessárias! Muitos alunos chegam no último ano com problemas sérios de visão e/ou sem proficiência mínima de leitura e escrita; para ficar em poucos exemplos.
Muitos gestores públicos podem estar em pânico imaginando que pode ser inviável financeiramente incluir estes alunos e suas limitações no sistema atual, é aqui que a IA volta a nos auxiliar: já existem ferramentas que transformam texto em áudio; texto, gráficos e ilustrações em vídeo; para ficar em poucos exemplos.
Agora uma provocação: qual é a porcentagem da população carcerária com dislexia ou outros distúrbios e problemas que comprometeram o seu rendimento escolar? Uma pista, segundo um estudo feito em Salvador-BA, quase três quartos destes não concluíram o Ensino Fundamental, porque será que tantos detentos não concluíram os estudos básicos?
Sim, a IA vai revolucionar a nossa sociedade em todos os setores, essa revolução pode ser fomentada e controlada pelas instituições vigentes, ou todos podemos cruzar os braços e esperar que mais a frente muita coisa aconteça em um curto espaço de tempo; com consequências inimagináveis.
Imaginem que todas estas importantes demandas atualmente não incluídas nos planos de ação do aparelho estatal estão se acumulando, resultando nessas crises todas, no nosso enorme desequilíbrio socioeconômico, na enorme população carcerária, etc., entretanto, como eu espero que já tenha transparecido, este estado de coisas não permanecerá por muito tempo.
A IA está chegando e não ficará pedra sobre pedra. A nossa qualidade de vida será catapultada para níveis inimagináveis atualmente, da mesma forma que um cidadão da Idade Média jamais conceberia o telefone celular ou um computador eletrônico atual.
Só que não demoraremos quinhentos anos para dar esse salto tecnológico, provavelmente experimentaremos um salto ainda mais dramático com as tecnologias quânticas nos próximos cinquenta anos, quem sabe menos.
A Galáxia não vai parar de girar meu caro leitor, os tsunamis da IA, das tecnologias quânticas e muitos outros que nem imaginamos estão chegando! Vamos surfar esta onda ou seremos arrastados por ela???
A receita para melhorar a educação atacando estes problemas estruturais é a mesma para outros problemas sérios tais como a transição energética, a busca pela sustentabilidade e o enfrentamento das mudanças climáticas e geológicas.
Temos escolha, e esta é toda nossa! Porém, precisamos agilizar estes processos o máximo possível para tirar esses problemas antigos da nossa lista de tarefas para nos debruçamos nos demais desafios que enfrentamos.
Estou à disposição para colaborar com quem tiver a consciência expandida o suficiente para entrever este futuro próspero e pacífico à nossa frente, colocando o bem estar da maioria a frente dos interesses individuais, corporativos e setoriais! Obrigado pela atenção e até a próxima!
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