Novo Normal, ou Seria o Antigo e Imutável Velho Normal de Sempre?
01. Temos realmente um ‘Novo Normal’ ou será que é o mesmo bom e velho ‘Normal’ de sempre, que ou não pudemos, ou nos recusamos a perceber antes?
02. Antes de começarmos a lançar as reflexões propostas no título do artigo, vamos antes, colocar alguns conceitos importantes, são quase todos científicos exceto por um que está em uma peça literária mundialmente homenageada que conheceremos mais adiante.
Conceitos esses ignorados pela maioria, desprezados por muitos, e/ou ocultado propositalmente por tantos outros; o que via de regra, acarreta consequências desastrosas: podemos citar sucessivas crises econômicas/sociais como as que estamos vivenciando no momento aqui no Brasil e em muitos outros lugares do mundo.
03. Eu peço um pouco de paciência logo no início, porque se eu colocasse essas reflexões sem um mínimo de embasamento, dificilmente estas seriam úteis a você leitor; que muito provavelmente as descartaria imediatamente.
Aproveitando para aumentar as expectativas, mais algumas ressalvas! Eu nem de longe quero manipular ou influenciar o modo das pessoas pensar e agir em proveito próprio, ou de qualquer grupo, muito menos ferir as crenças de quem quer que seja: mas sim colocar algumas reflexões baseadas em trabalhos científicos e artísticos de autores que quando não comprovam cientificamente e são confirmados por muitos de seus pares pesquisadores, são renomados pelo notório saber e pelas inúmeras contribuições que prestaram.
Todo e qualquer conceito colocado por mim, por mais bem intencionado e embasado cientificamente que seja, pode ser contestado por uns ou por outros: se temos tantas pessoas que juram que a terra é plana em pleno 2022, dificilmente reações contrárias me surpreenderão. De toda forma, vamos ao que interessa?
04. O primeiro conceito, talvez o mais importante, trata da nossa débil pequenez diante da imensidão do Universo que nos cerca, que somos poeira estelar, conforme nos alertou o que talvez tenha sido o primeiro divulgador científico com penetração nas mais variadas camadas da população: o astrônomo Carl Sagan que apesar de ter nos deixado em 1996, deixou um legado absolutamente importante tanto na NASA, na academia e aos nos mostrar as belezas do universo a nossa volta com a série de televisão Cosmos e o livro de mesmo nome. Recomendo fortemente que tanto a série original veiculada em 1980 na PBS com Sagan, quanto o livro e o seu remake de 2015 com o físico Neil deGrasse Tyson.
05. Expandindo um pouco, a maioria das pessoas sequer imagina o quanto os nossos corpos maravilhosos, dos quais muitos se gabam e se iludem baseados em uma rotina de exercícios ou no que vêem em filmes de ação; são, na verdade, débeis, frágeis e insignificantes em relação às poderosas forças que nos cercam.
Para reforçar o que coloco acima, a maioria sabe que o nosso planeta tem um belo escudo magnético que nos protege da radiação solar nociva, deixando passar única e exclusivamente o que precisamos para florescer e nos proporciona as estonteantes auroras polares com um show inigualável de luzes; o que a maioria desconhece é que recentemente, as sondas Voyager 1 e 2, que estão deixando a zona de influência mais efetiva da nossa estrela maior, o Sol, detectaram um escudo semelhante ainda mais poderoso, envolvendo todo o sistema solar que nos protege da radiação interestelar.
06. Desdobrando a reflexão inicial deste primeiro conceito, que retomaremos mais tarde; será que toda essa proteção em escala estelar que aparentemente foi milimetricamente colocada para que ao mesmo tempo que chegue energia suficiente para nos desenvolvermos, bloqueia tudo o que evidencie a nossa debilidade física, são obra do acaso? Note que com uma mínima variação dessas redes de proteção interplanetárias, ou na atividade do Sol, poderia causar uma extinção global!
Ainda achou pouco? Existem muitas outras redes de proteção interplanetárias como os gigantes gasosos que atraem com a sua enorme gravidade muitos cometas e meteoros que seriam muito perigosos para os pequenos planetas rochosos como a nossa Terra. E muitos outros que eu deixo de citar para nos manter no foco principal do artigo conforme veremos mais adiante.
07. O segundo conceito que me interessa difundir, pegando carona no primeiro, é que todo o universo a nossa volta que podemos examinar com os melhores e mais avançados instrumentos científicos, sentir, perceber visualmente ou não, representa apenas 4%, 5% do total conforme as inúmeras pesquisas científicas que detectam que os restantes 95, 96% são Energia e Matéria Escura, o termo escuro aqui tem o sentido de ser invisível e não ser desta cor.
Não acredite no que eu coloco acima, pesquise no Google ou no Youtube. Eu só faço um pedido com relação aos artigos que contestam a existência da Energia e Matéria Escura, percebam a proporção mínima em relação aos resultados que as confirmam e pesquisem o curriculum dos seus autores; eu tenho notícia que pelo menos um desses pesquisadores é brilhante academicamente, mas ele e os que concordaram com os seus argumentos contrários a esta importante teoria já foram contestados pela comunidade científica que reconfirmou as pesquisas iniciais e por fim, estão em uma proporção tão pequena que chega a ser desprezível.
De qualquer forma, a Energia e Matéria Escura podem ser facilmente comprovadas pelo efeito de ‘lente’ que as galáxias distantes proporcionam ao se verem transpassadas pela luz de suas irmãs ainda mais longínquas, luz essa que é claramente refratada por um ‘vazio’; na quase totalidade das observações técnicas feitas e acompanhadas por inúmeros especialistas com currículos enormes, formados nas mais importantes universidades ao redor do nosso pequeno e belo Planeta.
08. Agora, vamos fazer um desdobramento desta constatação inicial para chegar no segundo conceito em si? Supondo que a Humanidade tivesse pleno domínio científico e conhecimento prático desses 4%, 5%, mesmo que fossem 10% do Universo que inclui a Energia e a Matéria Escura, faria sentido tomar qualquer tipo de posição categórica ou tomar alguma decisão definitiva?
Seria razoável fazer qualquer tipo de afirmação ou tomar qualquer atitude definitiva que não pudesse ser revertida com certeza absoluta que se obteriam os efeitos desejados? A resposta está na consciência de todos nós. Prossigamos.
09. No terceiro conceito, eu vou recorrer a arte, sim, este ramo da atividade humana tão importante no nosso dia-a-dia, que influencia na nossa qualidade de vida em todos os níveis, porém, é total e completamente desprezada pela maioria dos nossos mais poderosos dirigentes e executivos nos seus processos decisórios profissionais.
É interessante notar que não raras vezes a arte ‘percebe’, ‘prevê’, ‘traduz’ e ‘mostra’ e em muitos caso ‘cria’ o futuro muito melhor que a maioria dos cientistas, mais acertadamente que as nossas poderosas redes neurais de inteligência artificial movidas a muitos zettabytes de dados; com recursos infinitamente menores.
Por que desta afirmação? Uma vez liberta dos nossos limitados sentidos e instrumentos científicos; a nossa consciência, que é sabidamente muito mais poderosa do que qualquer teste atual pode medir, nos permite acessar outras ‘dimensões’, quem sabe nos conectar com os 96% restantes daquele universo que é invisível aos cientistas.
Nessa afirmação eu estou especulando, divagando, mas…
Com uma breve pesquisa no Google ou no Youtube, obteremos acesso a diversos relatos semelhantes porém independentes entre si, de diferentes países, culturas, etc., descrevendo regressões de memória, EQMs (experiências de quase morte), casos de crianças que nitidamente conheciam fatos, pessoas e situações de vidas ‘anteriores’, monges tibetanos que desafiam as leis da física. Note que as pessoas não ganham nada se estiverem ‘inventado’, muito pelo contrário já que por mais ‘criativos’ que os relatos sejam, todos se expõem ao julgamento público que nós sabemos na maioria das vezes é severo e cruel.
Essas situações desafiam o nosso atual conhecimento da fisiologia e psicologia humana; eu fico com a sensação que a nossa parca compreensão daqueles 4% do Universo a que temos acesso não comportam esses e outros relatos: por isso, estou recorrendo a arte neste terceiro conceito. Vamos a ele de uma vez?
10. Quantos aqui já leram livros de Isaac Asimov? Apesar de ser PhD em Bioquímica e professor universitário brilhante, escreveu mais de 500 volumes; mesmo tendo escrito muitos livros de divulgação científica e muitos outros acadêmicos, entrou para a história pela sua importante produção na ficção científica.
Em todo o seu trabalho, jamais se utilizou adaptações de outras obras, de clichês históricos, violentos ou sensuais, muito pelo contrário, lutou contra tudo isso; sempre se projetando no futuro que ainda não existia para desenvolver tramas cativantes que por mais científicas e tecnológicas que fosse, tinham sempres os seres humanos e/ou a humanidade como centro; sempre com uma bela mensagem de paz, esperança e prosperidade para o futuro da humanidade ao final de suas histórias.
Muito à frente de seu tempo, criou as Três Leis da Robótica que servem de base para muitos dos seus livros como o Eu, o Robô, isso quando os robôs eletromecânicos ainda ‘engatinhavam’ nas bancadas de testes e nem sonhávamos com máquinas tão avançadas quanto as propostas pelo próprio Asimov.
Surpresa! Não é dos livros sobre robôs que vamos tratar aqui. Já que eu preparei com tanto carinho essa terceira reflexão, vamos trazer de uma vez os dois pontos da obra de Asimov que podem nos ser úteis?
11. Na sua mítica série A Fundação, no final da segunda série de livros, o autor nos trás, nas entrelinhas desses acontecimentos futurísticos, a sua visão sobre como seria o futuro do nosso maravilhoso planeta e da sociedade que o habitará.
Eu recomendo fortemente que todos leiam esta série incrível de sete livros, todos eles, das duas séries; porque na minha opinião são livros incríveis literalmente e proféticos em muitos aspectos, mas como ficaria muito complicado esperar que todos leiam todos os livros e eu não entrarei no no tema do livro em si, vamos explorar alguns dos conceitos lançados por Asimov:
Já no final da série, o autor descreve que a sociedade humana do futuro será pacífica, não terá conflitos de qualquer tipo, integrada ecologicamente, estará total e completamente interconectada mentalmente entre si e com o próprio planeta, que é também uma entidade vida, consciente embora ele não entre em muitos detalhes. De uma certa forma, Asimov e sua mente científica única, ateu convicto, lutam contra as conclusões a que ele mesmo chega sobre como seria a sociedade do futuro através do personagem principal nesta parte desta que é considerada por muitos a melhor saga de ficção científica em todos os tempos!
Vocês já imaginaram que o nosso Planeta pode ser uma entidade viva? Consciente, mesmo que seja de um tipo diferente do nosso, que ‘vive’ em uma escala de tempo diferente e nos leva como uma grande nave-mãe ao redor do Sol pelo espaço galáctico?
12. A segunda carona na obra desse ícone da literatura mundial que vamos pegar, é refletir sobre o conceito que ele lança em 1955 do computador Multivac, que seria em sua forma mais avançada, uma supercomputador que interligaria toda a humanidade, misto de oráculo e babá, presente em toda as casas; qualquer semelhança com a internet e outros computadores ficcionais seria mera coincidência? Duvido muito.
Se isso por si só não fosse suficiente, o Multivac evolui na dúzia de histórias em que aparece, auto projetando sucessivas versões melhores de si mesmo; desde as válvulas que compunham o cérebro eletrônico dos computadores da época até interligarem a humanidade do futuro em suas várias colônias espaciais através do espaço sideral instantaneamente através do hiperespaço.
Lembram-se que eu faço questão de embasar cientificamente as minhas colocações? Aqui nós não temos os recursos para fazê-lo diretamente, então vamos divagar ‘provando’ tudo isso indiretamente?
13. O nosso planeta pode sim ser um ‘ser’ vivo, com um tipo de consciência diferente da nossa, porque não? Lembram-se que desconhecemos 95% do Universo? Devemos observar que temos diversos aspectos interessantes no nosso planeta a considerar: a atividade tectônica, os mares, os continentes, rios, a atmosfera com as suas diversas camadas; tudo tão harmoniosamente se completando para nos prover um meio ambiente tão perfeito e bonito para a nossa existência.
14. Mesmo considerando que há a seleção natural, que os seres se adaptam ao ambiente conforme as sucessivas gerações se sucedem e muitas pessoas imaginam que um processo semelhante acontece 'espontaneamente' com o planeta; eu vou me expor a muitas ‘pedradas’ agora, e lhes trazer a atenção que embora a Teoria da Evolução seja válida em muitos e muitos casos, a mesma não ‘explica’ diversos avanços ‘milagrosos’ que a ciência quebra a cabeça para explicar a sua origem ou como evoluiu e até agora.
Ainda não teve sucesso em muitos casos, como no caso do motor biológico das bactérias que utilizam flagelos para se locomover que é um mecanismo absoluta e incrivelmente bem projetado em que cada flagelo pode chegar a girar até 17.000 RPM embora girem na média entre 1500 e 2000 RPM segundo os artigos que tive acesso; vamos ver de outra forma? Imaginem que zilhões de peças de todos os formatos e tipos estão em um evento climático extremo, com chuva, raios, granizo, areia, etc., todas as peças de um ventilador elétrico ‘magicamente’ se encontram na tormenta e com as dimensões exatas para se encaixarem perfeitamente, todos os parafusos se apertam ‘sozinhos’ e logo depois a tempestade se extingue, o aparelho ‘pousa’ com graça e precisão sem se danificar, alguém coloca na tomada e o aparelho passa a funcionar perfeitamente. É difícil imaginar que não existe algum tipo de inteligência coordenando tudo isso, de forma tão harmoniosa e precisa.
15. E o computador Multivac interligando toda a humanidade instantâneamente através do hiperespaço? Já é sabido, cientificamente que dois átomos entrelaçados quanticamente mantêm algum tipo de ligação que não percebemos mesmo que estejam em lados opostos da galáxia, se mantêm alinhados simultaneamente independente da distância que os separe: se você alterar o estado de um dos átomos, o outro muda instantaneamente para se igualar ao primeiro. Essa teoria científica já era conhecida da época em que Asimov criou o Multivac, será que ele pensou nisso ou o seu gênio literário foi inspirado de outra forma? Será que descobrimos o princípio de funcionamento do Multivac mais avançado?
Será que o ‘mecanismo’ que proporciona esse entrelaçamento quântico que atualmente é completamente desconhecido está no hiperespaço citado por Asimov e tantos outros autores de ficção científica? Será que a ‘dimensão’ onde funciona o Multivac mais avançado está nesses 96% do Universo que nos são desconhecidos ou ainda mais além? Na matéria, na energia ignorada que ainda nos passa despercebida?
Sempre podemos ir ainda longe e extrapolar o pouco que temos! Sim, os 5% do que temos acesso diretamente mais os 95% que nos escapa podem ser 5% ou até menos de um universo ainda mais complexo e assim por diante. Que tal?
16. Agora sim, devidamente embasados com essas três importantes reflexões, vamos interligá-las para chegarmos ao que interessa: ao nosso Antigo Novo Normal!
Em primeiro lugar, não existe um novo ou antigo normal, o universo à nossa volta é antiquíssimo, e eu duvido muito que as leis que o regem a mais de uma dezena de bilhões de anos pelo menos, tenha mudado durante esta pandemia ou em qualquer outro evento acontecido no nosso pequeno planeta azul.
17. O que colocamos até aqui já nos permite tirar uma importante conclusão: não importa que intenções tenhamos, nossas motivações ou objetivos, além de sermos muito pequenos e quase insignificantes em um Universo que podemos considerar infinito macro e microscopicamente para simplificar a discussão: e que assim, não muda porque assim o desejamos por melhor que seja a retórica ou por mais atraente, inteligente, carismático, persuasivo, poderoso política ou economicamente, que uma pessoa ou grupo sejam. Nada disso ‘impressiona’ o Universo que nos cerca.
18. Temos uma alternativa melhor a vivermos em universos paralelos, culpando os outros a nossa volta pelos nossos insucessos, e/ou nos vitimizando inutilmente quando o frágil castelo de cartas que nos esforçamos tanto para montar desmorona: devemos ao invés disso estudar o universo real que nos rodeia e nos adequar às leis que o regem sem intenções secundárias ou vamos continuar lutando inutilmente para tentar burlá-las, gerando muitas crises, dores e sofrimento?
Até aqui tudo bem? Está fazendo sentido? Espero que sim! Prossigamos!
19. Mas então, o que mudou? Porque com certeza todos os países ao redor do mundo e as sociedades interconectadas foram impactadas severamente pela Pandemia de Covid-19, não é mesmo?
20. O que acontece desde ‘sempre’ é um processo lento e progressivo de evolução e consequente melhora de todas as pessoas, grupos, sociedades, etc.; porém, de tempos em tempos, eventos inesperados dos mais variados tipos, com duração, severidade e extensão variáveis, mais ou menos traumáticos, com menor ou maior custo material e humano como no caso da atual pandemia, acontecem e aceleram este processo de melhora e nos força a avançar significativamente em relação ao estágio evolutivo anterior.
21. O ‘normal’ é sempre o mesmo, o que muda é a nossa compreensão e como lidamos com o estado de coisas a nossa volta, e principalmente, quando nos damos conta que velhos hábitos, resoluções e modos de vida não se adequam mais ao nível de evolução atual a nossa volta; e não raras vezes depois de muita dor e sofrimento, nos abrimos para desenvolver um novo modo de viver muito melhor e mais harmonioso que o anterior, reconhecendo o quanto nos auto-sabotamos anteriormente.
22. Alguns enaltecem e romantizam o passado pelas mais variadas razões, mesmo tendo que que respeitar as opiniões alheias conforme a etiqueta nos recomenda, normalmente isso acontece porque é muito mais cômodo fazer o que sempre foi feito com procedimentos e técnicas amplamente dominadas, a famosa zona de conforto; mas, não é preciso ser um acadêmico especializado no assunto para perceber que a nossa qualidade de vida atual é muito maior do que no passado. Se analisarmos um período de tempo pequeno essa diferença é sutil e imperceptível para a maioria, mas ela se acentua dramaticamente conforme recuamos na linha do tempo.
Este mesmo processo se reproduziu inúmeras vezes na história da humanidade, como no processo de abolição da escravatura, na revolução francesa, nas diversas epidemias, etc.; porém, vamos nos concentrar na Pandemia atual para aproveitar um evento global que nos afetou a todos.
23. Antes de continuar, eu vou aproveitar para expressar a minha solidariedade com todos que ‘perderam’ os seus entes queridos; termo que eu tomo a liberdade de destacar porque vamos voltar a essa questão mais a frente; nunca é fácil deixar de conviver com as pessoas que estimamos e amamos; entretanto, precisamos aproveitar ao máximo essas lições duramente aprendidas, sob o risco de estender esse processo sem necessidade.
Vamos destacar os avanços ainda que forçados, que experimentamos durante essa pandemia mundial?
24. Percebemos que o poder militar das superpotências, com todas as suas bombas atômicas, porta-aviões, e armas de todos os tipos, assim como todos os recursos humanos e financeiros, muitos orçamentos secretos à sua disposição, em nada mudou a situação da ameaça viral.
Querem outro exemplo de como o poderio militar, assim como todo tipo de poder físico tradicional está cada vez menos importante para a nossa qualidade de vida? Apesar das riquezas materiais tais como commodities e produtos dos mais variados tipos ainda sejam essenciais para o nosso modo de vida, e consequentemente a sua segurança, as riquezas que trafegam pelos meios digitais se tornam cada vez mais importantes.
25. Embora quase todos os parágrafos deste artigo tenham sido escritos antes da invasão russa em solo ucraniano em Fevereiro de 2022, escrevo este parágrafo para registra este fato histórico lamentável que confirma tudo o que disse acima. Essa agressão militar só vai ter um resultado, independente do que aconteça: a nossa qualidade de vida vai ser diminuída proporcionalmente a duração e a intensidade deste conflito. Aproveito para destacar que as consequências para os que perpetraram essas ações inomináveis serão muito severas; incluindo a total falta de credibilidade dos atuais dirigentes russos, que sem capacidade de agregar apoio ao seu redor, acarretará na sua perda de poder e consequentemente de controle sobre o país que acontecerá inexoravelmente, mais cedo ou mais tarde: sem credibilidade não se mantém nem um comércio pequeno, que dirá um país.
26. A longo prazo, a tendência é que conforme a humanidade se torne cada vez mais interconectada digitalmente, internacionalmente, com a adoção da transparência das transações e reforço dos controles financeiros, o que vai resultar em efetivos mecanismos de combate à lavagem de dinheiro. Com o fim da atividade que propicia aos malfeitores dispor dos recursos sombrios que eles obtiveram à margem das leis para ostentarem luxos e projetar ainda mais poder sombrio; teremos a impossibilidade de se obter ‘benefícios’ de rendas ilegais, o que vai tornar todo tipo de repressão aos crimes atuais obsoletos, porque eles deixarão de existir.
Pensem comigo: qual é o objetivo de um malfeitor? Obter algum tipo de recurso ou poder, aplicando algum tipo de dominação sobre os seus pares, tudo isso ilegalmente. Normalmente, só é possível isso acontecer ao se dispor de recursos financeiros em uma quantidade muito maior do que os seus pares. Sem a lavagem de dinheiro, este tipo de procedimento sombrio se torna impossível de ser implantado.
Se não há como obter recursos ilegalmente, e, se por acaso forem obtidos de alguma fonte sem controle anterior, vai ser impossível transacionar com esses recursos antes que os mesmos sejam devidamente catalogados e registrados, onde a sua posse será devidamente comprovada legalmente; então o crime e qualquer outra malfeitoria ilegal que conhecemos atualmente se tornarão histórias passadas.
27. Ainda temos um longo caminho para chegar nesse ‘futuro’? Sim e não. Na minha opinião, os crimes que assolam todas as sociedades desenvolvidas ao redor do mundo só serão extintos quando a computação quântica estiver implantada, que além de ser virtualmente impossível de ser fraudada, vai nos proporcionar vantagens quânticas sobre os atuais sistemas eletrônicos; mas isso já é assunto para outro artigo, aguardem!
Retomando, os recursos técnicos e científicos básicos mesmo sem contar com a computação quântica já existem, então o que falta além de desenvolver e implantar essas tecnologias? Na conclusão das nossas reflexões, vamos tratar disso mais a frente.
28. Por outro lado, percebemos que a maior riqueza das grandes potências são na verdade as suas instituições de pesquisa científica, especialmente as voltadas diretamente para melhorar o nosso bem estar através da física, da química, da medicina, para ficar em poucos exemplos; que apesar de sempre terem sido importantes e os motores de inovação técnica trabalhando silenciosamente pelo sucesso dos seus investidores e das maiores economias do globo, enfim, pela nossa qualidade de vida; repentinamente foram resgatadas das reportagens secundárias para serem o assunto de maior destaque em todos os veículos de imprensa ao redor do mundo.
29. No campo educacional, de forma geral ficou explícita a nossa incompetência como sociedade para prover conteúdo de qualidade, apoio pedagógico e portanto aprendizagem de qualidade com ferramentas de ensino a distância, o que gostemos ou não vai ser cada vez mais importante no nosso dia-a-dia.
Os danos ao desenvolvimento escolar das crianças, jovens e demais envolvidos no processo durante a pandemia são enormes, fruto do nosso despreparo coletivo para se utilizar ferramentas digitais amplamente disponíveis para mitigar a impossibilidade do ensino presencial durante o afastamento social.
Tem forma de melhorar este estado de coisas? Tem sim, apesar de precisar ser reescrito e muito melhorado, já dá para ter uma ideia de como será a educação do futuro ao ler o meu artigo Educação Pública 4.0:
https://www.linkedin.com/pulse/o-futuro-da-educa%C3%A7%C3%A3o-p%C3%BAblica-gratuita-e-de-qualidade-ramos-da-silva/0 no link abaixo:
30. Na saúde, as mazelas técnicas e gerenciais foram expostas. Os órgãos responsáveis pela saúde pública nas várias esferas governamentais entraram em diversos conflitos, pelas mais variadas razões, as estatísticas não por acaso foram piorando em teor e qualidade para em seguida ficarem ausentes por longos períodos. Tudo isso para esconder as deficiências e os resultados desastrosos de algumas ações governamentais que só não foram piores pela mobilização da sociedade e seus esforços em contrário.
Tem forma de melhorar este estado de coisas? Tem sim, lembrando que é um esforço particular que pode ser muito aprimorado, já é possível saber como serão os governos do futuro ao ler o meu artigo: Administração Pública 4.0:
https://www.linkedin.com/pulse/administra%C3%A7%C3%A3o-p%C3%BAblica-40-lawrence-jorge-ramos-da-silva/
31. Já no núcleo familiar, muitos perceberam que além de não se conhecerem se surpreendendo com as próprias reações, muitas delas inimagináveis antes do isolamento social, também desconheciam as pessoas à sua volta; e a maioria, mesmo os que não foram afetados diretamente pela pandemia, repensou os seus valores, mudou de planos e estipulou novos objetivos de vida.
32. Eu não sei se vocês perceberam, mas, durante a pandemia a essência de pessoas, grupos, empresas, cartéis e mesmo de todos os países ficaram expostas de forma transparente para que todos que se interessaram em observar. Todas as fortalezas e fraquezas, dos aspectos mais brilhantes até as mazelas mais chocantes, tudo ficou evidente.
33. Chegando nas conclusões; para evoluir como indivíduo, grupo, empresa, sociedade local e globalmente; precisamos nem que por alguns segundos por dia, nos enxergar como uma insignificante partícula de poeira estelar viajando na nossa bela nave-mãe Terra ao redor do Sol em sua trajetória através da galáxia que por sua vez transita velozmente pelo Universo.
Sem essa humildade em escala intergaláctica, jamais assumiremos o nosso lugar na imensa dança cósmica que se dá à nossa volta muito além deste conceito inicial. Ao invés disso, seremos tragados pelas forças incomensuráveis que traçam silenciosa e discretamente o nosso destino. O que é melhor, ser levado pela maré ou estudar as correntes e utilizá-las para chegar onde queremos ou melhor, onde oferecer mais recursos, melhor qualidade de vida para nós mesmos e os demais ao nosso redor?
34. Alguns aqui podem pensar, o que o nosso dia-a-dia tem haver com a imensidão do espaço que nos cerca? O que ‘viagem’ é essa? Lembram-se da humildade que citei acima, então… Sem ela, corremos o risco de nos acharmos mais do que realmente somos. E é esse o nosso principal problema, o que nos impede de vivermos a Prosperidade Sustentável que todos desejamos. Vamos exemplificar?
Todos aqui já viram uma minhoca, um dos seres que colaboram discretamente para que o nosso meio-ambiente seja tão exuberante quanto o é, certo? É um dos animais mais simples em termos fisiológicos, correto? Mas aqui eu faço a indagação mais importante, nós somos melhores que uma minhoca? Que outro animal, ou vegetal qualquer? Alguns vão pensar que sim, mas eu desconfio que não somos; aqui está a raiz de todos os nossos problemas, a falta de humildade.
Embora nem por um minuto eu tenha dito direta ou indiretamente que a vida de uma minhoca valha mais que uma humana, é certo que estamos em estágios evolutivos diferentes, mas isso não quer dizer que sejamos melhores ou piores: quer?
Ainda utilizando a minhoca como exemplo, se nós tivéssemos como perguntar para uma delas quanto é 1 + 1, se chamássemos uma delas para pegar um sol e nos banharmos no nosso balneário preferido, ou mostrasse para elas que existem estrelas, galáxias, etc? Elas acertariam a operação matemática mais simples que conhecemos? Quantos minutos suportariam a radiação solar, toda aquela areia, ou um banho no mar? Elas seriam capazes de ver ou compreender a mecânica celeste acima de nossas cabeças? Isso é praticamente impossível, não é mesmo? Mas onde é que chegaremos com tudo isso?
35. Com tudo isso, podemos ir além e imaginarmos que nós somos as minhocas, isso mesmo: existem seres muito mais evoluídos que nós que nos passam completamente despercebidos, que todo nosso conhecimento matemático não dá nem para começo, que morreríamos quase que instantâneamente contemplando uma supernova explodindo, um dos maiores espetáculos cósmicos; acontecimentos triviais para esses seres que só precisariam do protetor solar magnético-iônico fator 1 zilhão, para evitar desconfortos e envelhecimento precoce nas suas vidas de milhares de anos terrestres; isso mudaria a nossa forma de pensar?
36. Isso mesmo meus amigos, apenas quando nos dermos conta que apesar de termos um grau de evolução considerável, que já passamos por muita coisa, porém ainda temos um longo caminho cósmico pela frente, muito mais extenso do que o já percorrido, é que alcançaremos a Humildade Cósmica que nos proporcionará uma qualidade de vida inimaginável atualmente.
E muitas das questões que hoje nos parecem insolúveis e impossíveis de serem equalizadas como conflitos fronteiriços, ideológicos, étnicos, religiosos, políticos, comerciais entre tantos outros, perderão importância até que finalmente desaparecerão; pois independente de qualquer coisa, todos estão remando na mesma direção.
37. Lembram-se que lá no início eu declarei que voltaria ao assunto da ‘despedida’ dos nossos entes queridos pela Covid-19? Então, reafirmando a minha solidariedade tanto pelas partidas em função da pandemia quanto por qualquer outra, eu também já tive diversos desses acontecimentos no meu círculo familiar mais próximo nos meus 47 anos; se o encadeamento lógico que fizemos acima fez sentido para você, também faz sentido que não temos como evoluir muito em uma única existência física.
Eu não gostaria de me aprofundar muito nesse assunto, já que o mesmo suscita muita polêmica, porém, o mais provável é que nós todos tenhamos tido muitas e muitas existências físicas, evoluindo em complexidade conforme angariamos os recursos para as próximas etapas da mesma forma que evoluímos na escola. Prosseguindo na mesma linha de pensamento, o mais provável é que os nossos entes queridos estejam, mesmo que de forma inacessível para nós, continuando as suas trajetórias evolutivas. Simplesmente não faz sentido vivermos de forma tão intensa e com tantas conquistas feitas e a fazer, para tudo se encerrar definitivamente com o perecimento do corpo físico.
38. Aqueles 96% do universo também nos são inacessíveis, neles estariam os nossos entes queridos que já faleceram, nestas ou em outras dimensões desconhecidas? Eu tenho certeza que sim. É o mais lógico e os nossos corações se sentem muito melhor desta forma, até porque nos dá esperança de reencontros emocionantes no futuro. Pensem nessa possibilidade que se confirma em diversos relatos de EQM (experiência de quase morte) embora não contribua diretamente para o nosso assunto aqui, ajuda a construir um cenário mais lógico e nos trás muita paz no coração e não custa nada, custa?
39. E onde chegaremos quando alcançarmos esse grau de evolução elevado? Provavelmente em uma sociedade muito parecida com a descrita por Asimov, todos interligados mentalmente entre si e com o meio a sua volta; acessando diretamente a rede quântica unificada que provavelmente existe interligando todo o universo.
40. Para evitar mal entendidos, apesar de eu já ter comentado sobre ambas as conclusões acima anteriormente, eu vou reforçar mostrando outra forma de raciocínio lógico para reforçar a conclusão da rede quântica unificada: já que é improvável que um universo tão interessante com tanta harmonia, tenha múltiplas redes quânticas e/ou de outros tipos independentes atuando em paralelo, independentes umas das outras, porque? Porque aconteceria o mesmo que em um barco onde temos vários remadores, cada um remando em uma direção diferente: não faz sentido.
41. Ufa, já cobrimos zilhões de anos-luz, viajamos tanto para trás quanto para a frente da nossa evolução descobrindo a rede quântica que nos interliga a todos… Fizemos muitos progressos. Agora você deve estar se perguntando novamente… Tudo está muito lindo, muito maravilhoso, mas… Como nós, no presente, no estágio evolutivo atual podemos utilizar todas essas reflexões para melhorar a nossa qualidade de vida?
Apesar de ser extremamente simples, é paradoxalmente muito complicado: precisamos emular da melhor forma que pudermos os conceitos descritos e discutidos acima, inicialmente de forma pessoal, depois nos grupos, nas empresas, indústrias, países até que se estabeleça globalmente.
42. No âmbito pessoal, precisamos nos harmonizar com o meio-ambiente a nossa volta, vivendo de forma a causar o menor impacto negativo possível, sempre focando em melhorar o nosso entorno de todas as formas possíveis.
Mesmo que você não tenha concordado com a extrapolação que eu fiz da obra de Asimov, se imaginarmos o nosso Planeta como um Ser Vivo, não faria ainda mais sentido preservá-lo? Se nós acreditarmos que temos múltiplas existências, não faria ainda mais sentido preservarmos o Planeta para nós mesmos no futuro? São conceitos tão belos que levam a tanta harmonia que eu não consigo acreditar em qualquer coisa em contrário. E você?
43. E toda essa harmonia precisa incluir as pessoas à nossa volta e só tem uma forma de fazê-lo: colocar o interesse dessas pessoas à frente dos nossos próprios, conversando e discutindo-se todas as questões até se chegar a uma conclusão em comum; mesmo que isso nos desagrade inicialmente! Uma vez que todos remem em uma única direção, falando a mesma língua, fica mais fácil e simples observar os resultados desses acordos e eventualmente fazer correções de curso, novamente, com a concordância da maior parcela possível dos demais.
Precisamos entender de uma vez por todas que precisamos uns dos outros, a nossa qualidade de vida melhora na mesma proporção que conseguimos apoio e cooperação das pessoas à nossa volta. Daí, você pode pensar que é uma pessoa brilhante, incrível, sedutora, rica, etc., mas como ficaria a sua vida sem os faxineiros e os que recolhem o lixo urbano? Provavelmente não ficaria muito glamurosa, ficaria?
44. Voltando ao exemplo da escola, para reforçar ainda esta linha de pensamento e evitar qualquer tipo de dúvida, vamos supor que você é uma pessoa brilhante em matemática, mas regular em idiomas e fraco em geografia. Logicamente você pode por conta própria melhorar nessas matérias onde obtém as notas mais baixas, mas não seria mais produtivo e rápido trocar conhecimentos oferecendo ajuda com a matemática para alunos que embora fracos com os números são excelentes em geografia?
Quando agimos individualmente, não temos como escolher um líder, nós mesmos precisamos tomar as rédeas das nossas vidas, nos conhecer, melhorar nos pontos falhos e valorizar ainda mais os fortes, sempre coletivamente tanto quanto possível; mas quando agimos em grupo, a situação exige um tipo de posicionamento diferente.
45. Atualmente, de uma forma ou de outra, uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas são escolhidas para traçar o destino da coletividade na sua esfera de influência; desde o Império Romano já é sabido que é improdutivo escolher os ‘gestores’ com qualquer outro critério que não seja a competência demonstrada anteriormente em empreendimentos sucessivamente mais complexos e sofisticados. Sempre que esta regra foi ignorada pelo Império Romano assim como qualquer outro país, indústria, empresa, etc., sofreu-se severas consequências.
Conforme os dados históricos confirmam em diversas ocasiões históricas, nós precisamos escolher os melhores líderes, porém com uma diferença importante: atualmente todos nós somos avaliados pelo poder e pelos recursos materiais que detemos e/ou pelo o que podemos oferecer nesse campo; em um futuro que eu espero que não esteja muito distante, seremos avaliados pelo grau de integração sustentável com o meio que nos cerca e o quanto impactamos positivamente as vidas da maior quantidade de pessoas possível a nossa volta.
46. E essa integração sustentável que resultará na prosperidade que todos desejamos embora a maior parte ainda não tenha se dado conta disso, só se dará quando nós conseguirmos agir em conjunto, remando todos para o mesmo lado! Isso mesmo, todos nós, grupos, cidades, estados, países, precisamos agir em conjunto cooperativamente. Do contrário, se focarmos exclusivamente em obter o maior retorno material, explorando-se ao máximo fornecedores, consumidores e demais atores envolvidos, teremos sucessivas crises, guerras, etc.
47. A guerra na Ucrânia que explodiu poucos dias antes de eu escrever o terço final deste artigo, terço final este que começou a ser escrito em 26 de Fevereiro de 2022, é um exemplo de como a ganância, a ânsia por poder e dominação de uns poucos se faz sentir a despeito da dor e do sofrimento de milhões de pessoas e da destruição gratuita de pelo menos dois países inteiros: um rapidamente arrasado e destruído fisicamente e outro completamente isolado, condenado a definhar lentamente.
Reafirmo aqui o que declarei sobre o poder militar: mesmo estando obsoleto, movimenta muitos recursos legais e ilegais, aguça a cobiça e a disputa pelas áreas de influência que propiciam a reserva de mercado para o comércio de armas e apetrechos correlatos, o que além de ser uma das causas iniciais deste conflito, também aumentou a escalada dessa agressão que entrará para as páginas mais sombrias da história.
Como tudo isso está obsoleto, terá o efeito contrário e acelerará a queda de todos que contribuíram para este estado de coisas: direta e indiretamente. É certo que este estado de coisas tende a piorar a curto prazo, porém uma vez que essas sombras tenham sido eliminadas, vamos testemunhar progressos inimagináveis atualmente.
48. Porque eu afirmo isso? Por que não caiu a máscara de apenas ‘um’ ditador impiedoso! Não é preciso ser estudioso de política internacional ou geopolítica, para entender que todos os demais líderes nacionais que adotam procedimentos e táticas similares que já estavam sob a atenção dos demais dirigentes, agora já estão nas miras das mesmas sanções e em breve vão experimentar o mesmo isolamento porque são tão ou mais perigosos que o ‘vilão da vez’.
E esse processo de depuração mundial não acontecerá apenas com as ditaduras mais evidentes. Procedimentos sombrios como a lavagem de quantidades inimagináveis de dinheiro que acontecem em diversos países ‘civilizados’ em breve também ficarão nas páginas sombrias da história.
49. Voltando ao que realmente nos interessa: como esses progressos inimagináveis seriam possíveis?
Implantando a nossa versão do Multivac! De uma forma geral já temos algumas empresas indo nesta direção. Já é possível comprar qualquer coisa de qualquer lugar do mundo, certo? Isso se dá porque algumas empresas criaram ambientes digitais padronizados tão eficientes que além deles mesmos, qualquer empresa idônea pode vender os seus produtos utilizando a mesma infraestrutura. E os mecanismos de buscas que indexam quase todos os sites ao redor do mundo! Não são empresas fantásticas?
São sim, mas infelizmente todas elas embora em muitas situações funcionem em conjunto, as mais das vezes competem predatoriamente entre si, desta forma, os objetivos delas estão longe de ser a Prosperidade Sustentável.
50. Nem de longe pensem que eu defendo algum tipo de ditadura digital, absolutismo, ou qualquer ideologia que te passe pela mente: muito pelo contrário, a livre iniciativa e o lucro assim como todo tipo de retorno financeiro, principalmente aquele que realimenta e melhora ainda mais os processos que desejamos ver cada vez melhores, além de legal é desejável! O que eu ‘combato’ aqui é a multiplicidade de sistemas fechados, sobrepostos que competem predatoriamente em prejuízo da qualidade de vida planetária.
Esses serviços digitais globais são essenciais e nos mostram o quanto podemos evoluir, porém a sua orientação empresarial precisa reverter todo o investimento para dominar comercialmente os concorrentes, nem sempre legalmente, em cooperação catalisadora de forças. Cada grupo de empresas colabora em uma parte do processo, competindo harmonicamente entre si e colaborando com os demais.
51. A prosperidade que todos desejamos só se dará quando o Planeta inteiro estiver interligado com protocolos de comunicação livres, seguros, transparentes e unificados, que embora respeitem as diferenças regionais, propicie as bases para a Cooperação Sustentável.
O que somente ocorrerá quando tudo o que aconteça seja auditável de forma simples e transparente para todos os envolvidos e demais interessados.
É essa rede que propiciará as condições para que diferentes povos e culturas cooperem, porque não por acaso, da mesma forma que nós precisamos de ajuda para evoluir individualmente, nenhum País pode se dar ao luxo de se isolar em si mesmo sem fazer trocas comerciais, financeiras, acadêmicas, tecnológicas, etc.
52. Com software livre e contratos digitais baseados em blockchain, já é possível atingir estes objetivos. O que falta é uma liderança desprendida da sede por recursos financeiros a curto prazo, ânsia de dominação e desejo de retenção do poder. Por que essas duas tecnologias são tão importantes?
53. Sem o software livre o ‘Multivac’ ficaria sob o controle de um grupo de pessoas que independente de qualquer coisa, por mais bem intencionados e competentes que sejam, sempre terão desequilíbrios e interesses particulares: é algo inevitável. A cooperação que se faz necessária exige transparência total. Todos que tiverem a competência técnica, além de cooperar com o projeto, devem ser capazes de auditá-lo. Mesmo que demore um pouco mais, todo tipo de desconfiança deve ser eliminada para que esses objetivos possam ser perseguidos se quisermos obter sucesso a longo prazo.
Em grande parte, boa parte dessa infraestrutura tecnológica já está pronta ou em desenvolvimento conforme podemos perceber com o imenso movimento do software livre que já existe primariamente em volta do sistema operacional Linux; que é a base técnica que está por trás da internet e de uma forma ou de outra, de praticamente todas as grandes empresas ao redor do mundo.
54. Já a tecnologia blockchain, corrente de blocos (de informação) ainda está engatinhando mas já é a base das criptomoedas e de muitos contratos digitais utilizados comercialmente, entretanto um novo tipo de padrão livre de blockchain com múltiplas chaves de acesso hierárquicas públicas precisa ser desenvolvida para ser a base da troca de todas as informações no nosso Multivac.
Aqui eu falo de forma genérica sobre essa nova rede, essa nova realidade que de uma forma ou de outra vamos todos experimentar no futuro; embora eu esteja longe de ser um especialista capacitado a desenvolver a infraestrutura técnica, é possível detalhar muito mais esse projeto; mas ficará para um próximo artigo.
Só quando todas as informações trafegarem através de um único protocolo auditável, seremos capazes de articular os esforços de todos em pró de um objetivo único que só faz sentido ser o de alcançarmos a Prosperidade Sustentável Planetária: que nada mais é do que o bom e velho normal que funciona no Cosmos a bilhões de anos e tende a funcionar com ‘perfeição’ por outros tantos bilhões de anos.
55. Se por acaso nada do que foi tratado aqui fez sentido para você, não ressoou positivamente na sua mente: não tem problema, faz parte; para algumas pessoas esse processo de conscientização que estamos sujeitos a forças inimagináveis muito além do nosso cotidiano ainda se dará, seja porque isso ainda não lhe chama a atenção o suficiente, seja porque eu não utilizei os exemplos ou termos que lhe sejam caros, seja por incompetência minha com as ferramentas de comunicação; de qualquer forma é uma questão de tempo que ao contrário do meu desejo pessoal, se torna cada vez mais penoso a medida que passa.
56. Portanto, toda essa série de reflexões nos trás a conclusão que não existe Novo Normal, mas uma nova compreensão da realidade que nos cerca! Destaco mais uma vez que esta compreensão que ainda tem que evoluir muito para alcançarmos a qualidade de vida que todos almejamos, mesmo os que ainda não se deram conta disso ainda.
57. As perguntas que eu deixo para todos que ao mesmo tempo é o presente que eu gostaria de dar para vocês que pacientemente chegaram até aqui, é: estamos preparados para abrir mão das demandas pessoais, familiares, profissionais, setoriais, patrióticas; em benefício do todo? Estamos preparados para transformar o nosso modo de vida de forma a nos harmonizar com o Planeta como o ‘todo’ que nos cerca? Eu sempre, sempre, sempre imaginarei que sim!
58. Curtiram o artigo? Eu novamente espero que sim e seja muito útil para todos que têm a mente aberta o suficiente para se permitirem essa nova forma de pensar que embora já seja uma realidade íntima para muitas pessoas, lhes falta como me faltava até bem pouco tempo, uma forma de expressar tudo isso com embasamento científico; e é desconhecida da maioria.
Quem deseje que este conteúdo chegue a mais pessoas, por favor compartilhe aqui no Linkedin e nas suas outras redes, dê o joinha e faça comentários com dúvidas, críticas ou mesmo elogios.
59. Já pensando em expandir essas ideias em um debate que engrandeça ainda mais o conteúdo aqui proposto, eu coloquei uma numeração no início de alguns parágrafos como este, mais ou menos separando os assuntos e as reflexões colocadas. Assim, é só citar o número e deixar a sua mensagem. Eu prometo responder colaborativamente da melhor forma que estiver ao meu alcance.
Quem por acaso ficar envergonhado ou tema algum tipo de exposição pública, eu estou a disposição nas mensagens privadas.
60. Para aqueles que além de curtirem o artigo, se identificaram profundamente com estas exposições, eu gostaria de compartilhar que este artigo ainda é o início de um longo trabalho de conscientização para essa nova compreensão de uma realidade muito maior, portanto apesar de ser um bom começo, está longe do ideal tanto na forma quanto na maneira de exposição.
Atualmente, qualquer pessoa ou empresa com o interesse citado acima é praticamente obrigado a fazer um vídeo com uma produção caprichada, com qualidade técnica que fique no padrão utilizado nas redes sociais mais populares, com uma verba para divulgação proporcional a importância da mensagem: sem isso, dificilmente somos capazes de atingir um público mais amplo e assim, acelerar a nossa evolução social sustentável de forma harmoniosa.
Eu como Designer Industrial sou plenamente capaz de desenvolver essas peças de divulgação baseadas neste e nos demais artigos que já escrevi aqui no Linkedin; que além de serem o resultado de diversas experiências profissionais traumáticas e muito negativas que eu não desejo para ninguém, eu investi milhares de horas de pesquisa e trabalho por conta própria; entretanto para que este conteúdo chegue a um número maior de pessoas, eu dependo de um investimento financeiro que está além das minhas possibilidades no momento.
Se você curtiu tudo isso e deseja fazer parte deste esforço totalmente independente para acelerar a melhora da nossa qualidade de vida, é só entrar em contato pelo e-mail lawrencejorgers@gmail.com que também é o meu PIX.
Esse conteúdo além de ser fascinante, rende muito material correlato em forma de outros artigos como os que já foram publicados e os acima mencionados para serem desenvolvidos no futuro. Outra possibilidade interessante seria publicar um livro reunindo todos esses artigos correlatos ou gerar uma série documental.
61. Embora eu continue aberto a colaborações, o que seria ótimo, até agora os veículos de mídia tradicionais, fundações e outras instituições com interesses parecidos aos quais já tentei entrar em contato não se interessaram, então quem vai somar forças?
Eu também estou disponível para palestras, painéis de discussão e qualquer outro evento que ajude grupos, empresas, indústrias e sociedades a chegar no antigo novo normal que eu descrevo acima da forma mais rápida e harmoniosa possível.
62. É isso pessoal! Obrigado pela atenção e pelo carinho de sempre! Curtam, comentem e compartilhem! Me digam o que vocês acharam! Até a próxima interação!
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